NADA MUDOU
"Os poetas falam consigo próprios em voz alta. E só por acaso é que os ouve o mundo"(G. B. SHAW)

Tudo aconteceu,
passou, repassou,
mas nada mudou.
Tudo continua o mesmo,
o mesmo cansaço,
a mesma fatiga,
sem sonhos,
a pobreza é a mesma,
a fome...
a fome tem nome:
corrupção!
falta pão, leite...
Chora a criança,
o adulto, o idoso,
chora a esperança...
chora o sonho...

No último cansaço,
sinto o último impossível
esforço,
da ilusão sem sonhos,
a esperança grávida,
a vida vazia,
o coração já não sente,
a alma nada teme,
há tempo para tudo,
ele, o tempo, é o senhor
da verdade,
a mentira é vaidade,
a vaidade, é um gravides
que o tempo aborta sempre.

Dormem no mesmo ninho
os três poderes, podres...

Que não falte inspiração ao verso
acorrentado,
como punhal afiado,
contesta,
bandeira que protesta.


RayKorthizo Perez
Enviado por RayKorthizo Perez em 05/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3761707
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