FIM DE JOGO

É melhor nos deixarmos onde nos achamos,

Porque somos brinquedos que podem ferir;

Somos quebra-cabeças que fundem o senso;

Muito mais do que penso e com certeza intuis...

Não podemos ficar nesse jogo infinito,

Construir esse mito possível no tato,

Balançar a roseira pra fugir das rosas,

Quando prosas e versos assumem texturas...

Precisamos voltar aos extremos de outrora;

És aurora num tempo em que já sou ocaso;

Temos prazo expirado no justo começo...

Hoje saio do bingo e não reclamo as perdas,

Pois é preço adequado pela mão no fogo;

Não encontro mais fundo para prosseguir...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 03/07/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3758535
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