NEM PATETA, NEM PATRIOTA

"Há, no esforço poético, um prazer que só os poetas conhecem."(W. COWPER).

Sou
do descolorido,
mas
não do aborrecido,
sem estudo,
em tudo,
não mudo:
de bandeira sem escudo,
sem lema,
                    sem tema,
sem pena,
ligado na antena,
na antena do sono,
do sazonado pomo.
Na rede me deito,
teu sorriso enfeito,
como banana,
a ana,
a sacana,
bacana,
na cama,
ama.
Boca risonha,
            cheia de dentes,
tão carentes.
A ana, sonha,
Numa canção
                meu coração,
bate bandeiro,
é candeeiro,
altaneiro,
braseiro,
brasileiro:
                         minha alma
em calma
toca sanfona,
que rima, soma,
roma
que toma,
entona.
Minha fome,
come,
           tem parentes,
diferentes.
Sou mendigo do que possuo,
rico do que não me interessa,
nesse rítmo, nessa pressa,
suo,
retribuo:
Sem conforto,
por descomforto,
talvez por desastre,
a vida em constraste,
me dizem poeta,
nem pateta, nem patriota,
isso me completa,
não sou idiota,
sou versos,
sonhos imersos,
a canção,
do meu coração.




RayKorthizo Perez
Enviado por RayKorthizo Perez em 28/06/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3750231
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