Bens móveis
Sabia que ia se machucar
Mesmo assim seguiu
Seguiu perseguindo a emoção
Seguiu a luz do olhar
Seguiu o brilho de um sorriso
Mesmo sabendo
Que não seria para sempre
Mesmo assim correu
Correu através do vento
Para ouvir o som da voz
Mesmo sabendo que ia se magoar
Seguiu o pensamento saltitante
Seguiu o pulsar do coração
Sabendo que ia te magoar
Que às vezes ias bater
E a porta abriria
Iria ouvir o silêncio
Ignorando a tua presença
Sabias que era uma invenção fantástica
Movida a bateria descartável
Mesmo assim adquiriu o produto
Pagando o preço, adquirindo o produto
Usando, quer saber, foi gratificante
Quanta alegria para repensar
Nos dias de monotonia
Pagou-se o preço justo, isto foi reconhecido
Sempre há mágoas, sempre nos magoam
Porque sempre nos apaixonamos
Por bens móveis