ELEIÇÃO É BRUXARIA
"A poesia é o esforço perpétuo para exprimir o espírito da coisa, penetrar o corpo bruto, e procurar a vida e a razão que o fazem existir." (RALFH WALDO EMERSON)
Caminhando ao vento
pela curva ágil, ávida
sobre
as ondas das nuvens,
como asas músicais
indispensáveis
harmonia do átomo,
pedaço do germe,
múltipla condecoração
à consciência.
Não tem cor
o abstrato
entre idéias incolores,
com rítmo na irrealidade,
da arritimia
desaromatizada,
inodoro
os troncos com frutos
extra-flores.
Como um
concêrto no deserto
de concreto,
ele vai vestido de ilusões,
De mentiras e mentiras...
Com o cheiro da relva,
ráia no ribombar do trovão
no planalto do congresso,
que na é presídio,
só porque tem ladrão.
Ele passa
sem vergonha de plantão,
sem
vergonha de carteirinha,
sem
vergonha de profissão,
ladrão sem vergonha...
amparando todos seus atos,
germinando
risos/gestos em nossos
gemidos,
de que tudo se resolve,
na próxima eleição,
ladrão nasce ladrão,
ladrão morre ladrão,
político que é, ladrão é.