Permitido por Lei.


Ao poeta é dado
o direito à criação.

Licença poética,
dialética,
estética, ética.

O poeta pode brincar com a fantasia,
usar de ironia.
Alguém ria,
ou não.

Falar de si, de ti,
deles, de nós,
de mim.
Inventar sem fim.


Perambular por dramas,
mirabolar em tramas.

Poeta pode explicitar, escancarar,
escrever até os dedos doerem.
Se revelar
Ou se ocultar.

Pegar nome emprestado,
nome inventado,
batizar o faz de conta.

Poeta,
entidade que apronta,
a ninguém afronta,
ou não.
Seta reta ou indireta.

Poeta se aprisiona na história,
no conto, no verso,
na palavra.

No reverso,
se alforria,
endossando a autoria
aos seres que cria.

Poeta é assim
ser liberto,
protegido,
Às vezes querido,
em muitas, atrevido.
Noutras não.

Esperto, decerto.
Lucia Sant ini
Enviado por Lucia Sant ini em 23/06/2012
Reeditado em 01/07/2012
Código do texto: T3740730
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