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Nec spe, nec metu.

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Recanto

Soube daqui, talvez ao acaso.
Curiosa, visitei,
Gostei e me instalei.

Espero um dia ver um jardim,
onde por enquanto ajeito vasos.

Pode ser que fique um arraso!

(Pretensões, sei... Devaneios, sei...
Permitam, por favor!
É só uma provocadinha no humor.)

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Agora, sério:

Sem querer usar definições, de minha autoria, elaboradas
com adjetivos e virtudes mil (quem fala nas 'des'virtudes
nessa hora?), gosto de ser uma pessoa que pensa.

Peço licença aos demais autores, mas principalmente,
licença à Clarice Lispector para usar algumas de suas
palavras. Poucas, talvez, para definir alguém, mas
perfeitas para expressar um pedaço do que cada um de nós
tem:

"A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem
sou? Bem, isso já é demais..."

"Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas
posso ser solidão, tranquilidade e inconstância, pedra e
coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo,
preguiça e ... sono. Música alta e silêncio. Serei o que
você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não
sou cruel comigo. Serei sempre apego pelo que vale a pena
e desapego pelo que não quer valer. Suponho que me
entender não é uma questão de inteligência e sim de
sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."

"Até cortar meus defeitos pode ser perigoso. Nunca
saberei qual é o defeito que sustenta meu edifício
inteiro."