Inverno

Inverno

A madrugada é fria, e os dias congelam-se no Tempo.

Misturo no meu copo, a escuridão on the rocks.

Bebo até o ultimo orvalho sobrevivente a luz do dia.

Agora no tudo mais, é um dia despido de fantasia.

Sonhos feitos de Leds, iludem o fogo do firmamento,

Estrelas virtuais, bares verticalizados, e pensamentos planos,

Habitam as cores negras de um gato contaminado por Wiskas.

Cativa alma humana, entubada em Chips de naves estrelares.

Almirantes e polichinelos navegam nos mares da internet.

Capitães Kirks com celulares invadem as ruas das cidades.

Agora são códigos do genoma, por onde se destila a ética.

Incertezas enclausurada em arquivos x, caem sobre a noite.

Sonares e pulsares, em que ares o pensamento ainda respira?

Se todos os alvéolos são corrosivos, e se perde em labirintos.

Cedo ou tarde, teremos na memoria, um PC frio de sentimentos,

Por onde os desejos passaram, e o dia e a noite nos esqueceram.