Notícias de amor e ódio

Onde o amor já não sabe se voa ou vibra

Mas percebe que não se eterniza

Mesmo quando teima.

Onde o amor já é quase seu próprio enigma

E merece o chão e a brisa

Tendo fúria lenta.

Onde o amor é só desgaste e sílaba

Não fenece nem risca

O futuro de ser lenda.

(INTERVALO DE TRANQUILIDADE)

Onde o ódio se esquece e dorme

Durante o instante mórbido

No qual sonhava o equilíbrio.

Onde o ódio cresce disforme

Radiante perante o óbvio

E come o delírio.

Onde o ódio é prece que some

Distante do que antes foi lógico

E hoje está próximo ao destino.

31/05/12

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 06/06/2012
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