Retorno
Dedico estas palavras, escritas sob a força da emoção, a todos os encantadores poetas, grandes escritores e  amigos, que, pacientemente, continuaram a ler o que, modestamente, escrevi até fevereiro. Havia parado, mas, hoje, pela força de todos, tomei a liberdade de escrever. Muito obrigada! Não cito alguns, porque sempre maravilhosos, com suas mensagens, e. sobretudo, pelo fato de que não quer ferir ninguém com esquecimento. Muito...muito grata!  Vocês têm o dom da poesia e da arte e ainda encontram tempo para ler as coisas simples que faço. Se Deus quiser que eu continue a ver -mesmo sem a inspiração de você e pouquíssima visão - os incomodarei com outros escritos.


Retorno

Por quanto tempo?
Deixar a energia adormecida?
Por quanto tempo
Deves ficar imerso
Em ti mesmo?

Não! Não percas instantes preciosos,
Que jamais poderão ser recuperados.
Só a fé te sustenta na hora da dor,
Só ela é a estrada que te leva
Aos braços do Criador,
Única força que te embala,
Quando tudo parece perdido.

Reacende a chama!
Não te abales pelo que não já não tens,
Não desperdices lágrimas,
Vê o que ainda está de pé.
Não, nunca te divorcies do teu Ser!

Se é tarde demais para o papel
Que, na vida, te cumpria,
Abre a tua janela para o céu,
Lá verás pássaros voando,
Batendo suas divinas asas
Aceitando, sem medo, o desafio,
De pintar novas árvores
Ou aportar em ilhas
Dos mares do Sul,
À semelhança de Gaugin.

Desfruta do que tens,
A tua luz é a de Jesus,
Ardente louvor à beleza
Para que debruçar-te sobre
Águas paradas de qualquer enseada?
Assim, te afastas do horizonte,
No qual sempre há eternas
Gaivotas a te esperar.

Contenta-te com o que
O hoje te traz,
Se, há muitos sonhos perdidos,
Se, escalaste montanhas,
Mas,.nas esquinas do mundo, sucumbiste,
Quem vai te encontrar
Em qualquer lugar?
O amor de Jesus!


Nada foi em vão,
No líquido quente
Que, em ti, pulsa,
Há um coração,
Mesmo cambaleante,
Com olhos turvos,
Como espelhos côncavos,
Se teu espírito, na estratosfera está,
Pelas pesadas nuvens
Das perturbações do mundo,
Lembra-te que nos destroços da queimada,
Renascem troncos verdes,
Mesmo cheios de cicatrizes.

Por que noites insones?
Se a manhã expulsa o silêncio?
Ergue a cabeça como outrora,
Flores e frutos ainda colherás,
Estão nãs mãos de Jesus,

Esculpidas em ti,
Estão imagens de rara beleza
Música eterna que encanta.
Viaja nas tuas emoções,
Na tua poesia.
Ainda há tempo!
Não importa quanto!
Não importa como!






















Luandro
Enviado por Luandro em 26/05/2012
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T3688875
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