MEU TELEFONE!
Fiquei perto do telefone,
O dia inteiro esperando,
Mas ele se emudeceu
E eu então fiquei pensando.
O que fiz para merecer,
Este desprezo total,
Até de quem me fez crer
Que me amava sem igual.
O meu telefone calou-se,
E eu fiquei na esperança.
Que ele a qualquer momento,
De mim então se lembrasse.
Os minutos se passaram,
As horas longas também,
Não entendia o motivo,
Do silêncio que dele vem.
Meu coração ficou triste,
Por eu não saber o motivo.
Do terrível silenciar,
Que o meu telefone tem.
Imaginei mil motivos,
Para tentar justificar,
Aquele silêncio doído,
Que me fez até chorar.
Nenhuma razão encontrei,
Que pudesse me conformar.
Magoado então eu fiquei.
Nem sequer ele quis tocar.
Então logo percebi,
Como somos iludidos.
Até de quem não se espera,
Nos faz sentirmos vencidos.
20/5/2012
“JAMAIS CONFUNDA O POETA COM A SUA OBRA”
(POPE - 1688 - 1744) - Epistola II -