BASILÉIA

Lá não havia preconceito

[Religioso ou de cor.

Tudo que conversavam,

Girava em torno do “amor”.

Em volta de uma mesa,

[Conversando e bebendo.

Todas as noites reuniam

A nossa falsa nobreza.

Era ali que despejavam

[Todas as suas frustrações

Ali todos desabafavam,

As suas desilusões.

Ali se encontrava “amor”.

Ali se encontrava “prazer”.

Era só você pagar

[E a garota escolher.

Tinha muitas garotas belas,

Louras, morenas e mulatas.

Até lindas ruivas sardentas,

Tão meigas qual buquê de flores.

Todas tinham sua história,

Que às vezes nos comoviam.

Pensavam sempre na “glória”

Que um dia conseguiriam (?)

Todas sonhavam em um dia,

Daquele ambiente sair.

Pensavam até encontrar,

Um príncipe desiludido,

Para então concretizarem

Seus lindos sonhos perdidos!

Era assim a Basiléia,

[Paraíso de tantos amores.

“Reino” de sonhos perdidos,

E de muitos dissabores!

14/12/1988

(Este poema foi escrito no período em quem eu encontrava-me afastado da igreja evangélica que frequento atualmente.)