VIDA PARTE III - AMOR DE PERDIÇÃO
Vida não tens a mim mais segredos.
Dentre teu ventre de emoções.
As frustrações,
fizeram parte de uma lição,
Que condensei e simplesmente ficou.
Não sou mais um leigo.
Me fiz na tua presença a me assustar.
Hoje não me amedrontas .
Como um dia também chegou a me alegrar.
Neste momento não tens a magia de me afortunar.
Rimaste durante muito tempo versos brancos.
Na poesia mais densa que já escrevi.
A declaração da minha vida.
Mesmo que parta, para me deixar.
Irás para um dia retornar.
Mas prefiro, com desejo insano, ficar.
Ser escravo de tuas formas, e caminhar,
Dentre teus destinos tortos,
Tuas estradas de prazer,
Casas de vender,
Lojas de comer,
E teus banheiros sujos, de um bar que estou a beber.
Dormir com tua saborosa calda,
Não me delicia, nem contagia.
Muito menos tens o efeito em mim
De doença incurável,
Possuo anticorpos para te combater,
Com muita eficiência.
Como se tu fosse um reles resfriado.
Concentrei-me em viver, e vou.
Muito mais do que mereço, recebo, ou peço.
Já que agora sou normal, para os louco.
Tu és a conclusão do meio,
O inicio do fim sem começo.
Pareço, padeço, e despeço.
Com um leve desgosto de ser traído.
Um dia, serei apenas Rei, não Deus.
Porque se acaso pudesse Vida,
Ganharia novos ares,
Enfeites diferentes, e outras missões.
Como a de ir além do fundo.
Lá longe do infinito.
De contagiar a própria esperança.
Que faria-te provar do próprio veneno.
De puro néctar,
Que teu filho desfruta, Vida.
E o pior que mesmo depois de tudo...
Ainda te quero e te amo.
Ps.: Poesia publicada em sincronia com o Blog "Palavras Rascunhadas" do poeta J.M. Junior - o Poeta que Visitou a Lua.