" DE REPENTE "
De repente uma neve pousou em meus cabelos.
Um arrepio percorreu vulcânico as minhas veias.
Um tremor hesitante cambaleou em minhas pernas.
Justo agora que aprendi a ser feliz,
que entendi o movimento do sol
e olho a vida pela perspectiva da lua!.
Justo eu que consegui disfarçar o tempo?
E me lembrei dos dias idos,
e que quando chega a noite
disfarço a solidão melancólica.
Então me lembro que é só a visão de um cabelo branco,
um indisfarçável registro dos caminhos
pois me lembro de mim, de ti
e me consolo com a idéia que não consigo mais
ser infeliz.