Odisséia Temporal
Desce a areia hora após hora
De grão em grão esvai-se o tempo
Badalam em coro os sinos do templo
Em luto pelo tempo que foi embora
As horas passam dia após dia
E em cada manhã a vida aflora
Os ponteiros se movem entoando a melodia
Celebrando em uníssono o instante de agora
Ano após ano o tempo fere sua vaidade
Em seu rosto uma marca dos anos aparece
É mais uma fresta por onde a lágrima desce
Aproxima-se calada a derradeira idade