" ALGUÉM DIRÁ QUE HÁ VÍCIOS DE REDAÇÃO "
Quando faço poesia,
sou como um barco
deslizando na correnteza.
Não tenho a intenção
de andar sobre as águas.
Nem o céu, nem as montantas
fazem quaisquer objeções.
Uma ossada de anjos
serve-me de pouso aos colibrís;
certamente alguém dirá
que cometo vícios de redação,
mas tudo o que faço
é atar-me à solidão.