Quem sabe?
Quem sabe?
05/03/2012
Um dia acordarei de fato e verei o mundo.
Rasgarei minhas crenças no palpável,
Não haverá então nem átomos nem moléculas
Apenas o existir, existir de fato. Vivendo.
Um dia amarei de fato e abraçarei o vento.
Passarei a crer em lendas e tocarei estrelas,
Sairei às ruas com uma camisa rosa
Abraçarei estranhos. Arco-Iris no peito.
Um dia, talvez, só talvez, eu finde.
Nesse caso, virarei átomos.
E o que será do meu amor?
Torná-se-á cinza o meu peito furta-cor?
Um dia serei eterno e esquecerei as datas,
Viajarei sem rumos nem planos.
Avisarei quando chegar, sossegue.
Algo me diz que, após o fim, tudo prossegue.