Quem sabe?

Quem sabe?

05/03/2012

Um dia acordarei de fato e verei o mundo.

Rasgarei minhas crenças no palpável,

Não haverá então nem átomos nem moléculas

Apenas o existir, existir de fato. Vivendo.

Um dia amarei de fato e abraçarei o vento.

Passarei a crer em lendas e tocarei estrelas,

Sairei às ruas com uma camisa rosa

Abraçarei estranhos. Arco-Iris no peito.

Um dia, talvez, só talvez, eu finde.

Nesse caso, virarei átomos.

E o que será do meu amor?

Torná-se-á cinza o meu peito furta-cor?

Um dia serei eterno e esquecerei as datas,

Viajarei sem rumos nem planos.

Avisarei quando chegar, sossegue.

Algo me diz que, após o fim, tudo prossegue.

Nairson Luiz Santos
Enviado por Nairson Luiz Santos em 06/03/2012
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