Ensinaste-me a morrer

Ensinaste-me a morrer

Foi a morrer

Que me ensinaste

E eu aprendi

Sem querer

Sem opção

A morrer...

Como quiseste

Eu aprendi a lição.

Entre palavras e rictos,

Olhos que diziam Não,

Eu fui aos poucos

Aprendendo

O significado da palavra

Solidão

Tu tolheste o meu riso

E me negaste tua mão

Recolhi meus dedos envergonhados

Eu aprendi a lição,

De forma silenciosa

Eu degustei o teu Não

Ensinaste-me a morrer

Foi a única coisa que me ensinaste

A única coisa que te aprazia

Naqueles dias distantes

Em que limava o meu amor...

Ensinaste-me a dês-amar

Quando ainda não sabia

O que era amar

Tu me ensinaste

E depois de tanto tempo

Eu fico triste

A lembrar de ti...

Eu vejo teu sorriso

Do meu ângulo oblíquo...

Eu muitas vezes vi

E desejei, confesso,

Que um deles fosse para mim,

Porque alguma coisa

Me ensinaste,

E eu fico triste,

Não por você já ter se dissolvido,

Mas porquê

Eu não aprendi a voltar a gostar de ti.

14/07/2007

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 04/03/2012
Reeditado em 05/03/2012
Código do texto: T3535241
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