Aves de rapina

Vaginas sempre nos meus nuncas,

Voam, malígnas, zombando-me, cruéis,

Longe vão, depois quase tocam-me.

Por que o sadismo (irracional?)?

Todas, todas, todas elas

Agora sabem que uma delas me escapou,

Então reuniram-se, planejando me rejeitarem,

Mas antes pretendem que eu me torne

Pasta, gosma, bosta,

Para deliciarem-se com minha ruína.

Ainda assim eu as sigo,

Apontando para elas o dedo

Mais tristoso e rochoso que possuo,

Sempre com a esperança de que

Uma dessas aves de rapina

Pouse macio,

Depois que ficarem exaustas.

02/02/2012

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 14/02/2012
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