Aves de rapina
Vaginas sempre nos meus nuncas,
Voam, malígnas, zombando-me, cruéis,
Longe vão, depois quase tocam-me.
Por que o sadismo (irracional?)?
Todas, todas, todas elas
Agora sabem que uma delas me escapou,
Então reuniram-se, planejando me rejeitarem,
Mas antes pretendem que eu me torne
Pasta, gosma, bosta,
Para deliciarem-se com minha ruína.
Ainda assim eu as sigo,
Apontando para elas o dedo
Mais tristoso e rochoso que possuo,
Sempre com a esperança de que
Uma dessas aves de rapina
Pouse macio,
Depois que ficarem exaustas.
02/02/2012