Paciência e prudência
Me afasto do inferno,
Mas não espero nenhum éden,
De fato, nada é eterno
Neste bairro de brisas breves.
Os vendavais prolongam-se
Por infindáveis temporadas,
Enquanto as dúvidas encontram-se
Sempre na mesma encruzilhada.
Enterrar cadáveres insepultos
É um objetivo inadiável,
E observar desagradáveis vultos
Fugindo até o inalcançável.
Paciência, eis a coisa sensata,
Sentar e ver o caos ser refeito,
Prudência, eis a arma adequada
Para defender da faca o próprio peito.
10/02/2012