Paciência e prudência

Me afasto do inferno,

Mas não espero nenhum éden,

De fato, nada é eterno

Neste bairro de brisas breves.

Os vendavais prolongam-se

Por infindáveis temporadas,

Enquanto as dúvidas encontram-se

Sempre na mesma encruzilhada.

Enterrar cadáveres insepultos

É um objetivo inadiável,

E observar desagradáveis vultos

Fugindo até o inalcançável.

Paciência, eis a coisa sensata,

Sentar e ver o caos ser refeito,

Prudência, eis a arma adequada

Para defender da faca o próprio peito.

10/02/2012

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 10/02/2012
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