Golpes satânicos

Falsas,
Amargas são como fel,
Palavras vazias!
Mentiras! 
Deslizam . Desatam  tempestades.
Neblinas macias
Que despertam  nosso  mundo,
Em  múltiplos acordes,
Estranhos bailados,
De incansável maldade,
Em almas já feridas
Na solidão dos falsos enlevos.
Que  estraçalham
O coração sempre em ondas flutuando,
Etéreo!


Mentiras!
Golpes satânicos!
Que embriagam,
Como faróis
Aos perdidos navegantes
Do Amor


Mentiras!
Palavras...
Amargas como fel! 
Sem compaixão,
Tudo desintegram, 
 Ainda que súplices de amor,
Andam sempre a ermo,
Falsa chuva de estrelas,
Que derramam esperança,
Despertam emoções contidas,
Segredos sem âncora
Que nunca  terão voz.
No oceano revolto
Do desamor.

Como o fel  amargas,
Palavras...
Falsas!
Mentiras!
Castelos guardados,
Que nunca exisitiram,
Agora ruínas
Nos horizontes, pela dor.
Sufocados. Fechados,
Pela saudade de horas tantas,
Roubadas,
Jamais reconquistadas.
Sempre  esperadas.

Palavras...
Falsas!
Mentiras!
Amargas como fel!
Feitas de tempo e
O tempo passando.
Desencontros.
Vida perdida,
Verdades submersas!

Palavras...
Amargas como fel.
Falsas!
Mentiras!
Espumas ao vento,
Sonhos rasgados,
Sempre plantados,
Em nosso coração.
Sementes que brotaram,
Belas hastes tiveram,
Mas nunca germinaram,
Na ápera e sinuosa
Estrada da Mentira
Que tudo queima,
Confunde,
No silêncio gelado,
Da desconfiança,
E do medo.
Lágrimas
Que ficam
Que, talvez, um raio de sol
Matreiro,
Um dia descongele.





Luandro
Enviado por Luandro em 04/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3480737
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