Chovo
Trago janelas embaciadas
porque chovo de ti
e não te descortino no horizonte.
Fecho-me no chover intransitivo,
na mente agarrada ao parapeito...
O peito para,
ausculto
neste silêncio morte dentro em mim
crendo ouvir teus passos na memória.
Não me vens...
Não mais.
Chovo de ti, por mim
o pranto intransitivo que transige
porque de mim não sais...