Lágrimas de Deus
Será que se esqueceu da morada sagrada
Com que Deus nos presenteou: a Terra?
O homem tornou-se prisioneiro de uma teia.
Surrealista situação, comandada por maquiavéis,
De rostos encobertos por grandes cartolas,
Bolsos repletos do vil metal que a tudo comanda,
Sempre voltam à cena, heróis em caricatura!
Só falam. Nada fazem. Inatingíveis?
Que se está fazendo com a Natureza?
Em cada ser, em cada célula
Que o corpo compõe habita o divino,
Mas onde está a nossa conexão com essa energia?
Que foi feito da pureza das águas?
Que foi feito da pureza do ar?
Aonde pretendemos chegar,
Nessa falta de sintonia com esse eterno aconchego,
O sopro de Deus que a tudo imanta?
É preciso, rápido, irradiar a luz,
Reais e verdadeiros passos
Precisamos traçar e sentir,
Aprender outros rumos,
Para que novo tempo consiga brotar
Essa fonte mágica, que, em nós, começa,
Tem o nome de consciência,
Transmutando de coração em coração.
Ultrapassará todas as barreiras.
A Natureza tem nos enviado recados cósmicos.
Verdadeiros chamados que ainda ecoam
Na superfície, mas que abriram os portais
De um ciclo de fatalidades!
Já é mais do que tempo de acordar!
Chega de poluição e de desperdício!
Da insaciável sede consumista!
Vale a pena ouvir a música da brisa?
O canto dos pássaros, o murmúrio dos rios?
Ver crianças correndo e flores se abrindo?
Dois enamorados de amor sorrindo?
Não é possível que alguns acreditem
Que o homem a Natureza dominou.
Imenso, porém, é o Amor de Deus,
Que ainda nos mostra suas lágrimas!
Nelas também está o seu desapontamento!
É preciso construir e reconstruir,
O sublime tesouro que é a Natureza,
Enquanto ainda possível for!
Se temos, no peito, o segredo da beleza,
Porque de infinito somos feitos,
Verdadeiros espelhos do Criador,
Que, ao se conscientizarem,
Também colocarão, em qualquer canto do planeta,
O Amor em Ação!
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