SOBREMORRENTE

Nadou e nadou;

a vida lhe disse

nesse nado a nado,

para cada nada

"não dou e não dou"...

E foi no que deu:

O nadador

tornou-se alado,

nadou pro vácuo...

Nadou para nada,

por todo nada,

pelos vãos dos nãos,

todos os nuncas

do para sempre...

Nadou e nadou;

na brisa, no mar,

às vezes na terra...

Foi tanto nadar,

foi tanto nada,

que a fada dos nadas

(fada nadinha)

viu tudo aquilo

e qui-lo ao lado...

Fim de linha...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 14/01/2012
Código do texto: T3441048
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