880 _ Revelado
Fico sempre perdida neste recanto
Vejo as águas passarem
O ciúme desta liberdade me atiça
Quero ultrapassar o medo
Este sem senso
O de lembrar-se de pegar à mão
De sentar no chão
De tentar na curiosidade
Ser pelo menos mais uma vez eu mesma
Sem medo de escuro ou de solidão
Saber tocar a pele
Deixar crescer o belo
Fechar os olhos como mocinha
Ainda menina
Aceitar teus lábios como se beijasse á flor
Deitar em teu colo
Deixar deste solo
Ser uma orquestra em sinfonia
Na sintonia
de pertencer á vida
Tua vida.
Oh! insensatez.