FANTASIA DE POETA

Às vezes penso que não sou ninguém

Vejo-me apenas um nada que se iludiu (...)

Com fantasias que imaginei.

Me vi amado por quem me feriu.

Fui odiado por quem me invejou.

[E fui traído por quem confiei.

Sonhei ser rei, forte e poderoso.

Consegui tudo aquilo que imaginei.

Porém,

Sonhei com sinceridade onde não existia

Confiei de mais em quem não devia,

Subtraíram-me tudo que um dia consegui.

Iludiram-me com falsas juras de amor.

E eu cai como um menino incauto,

Entreguei-me de corpo e alma e sem pudor.

Traíram-me por ser poeta e sonhador...

Às vezes me imagino alguém que não existe.

Interrogo-me se sou real ou sou ninguém.

Sinto-me flutuando em um espaço vazio,

Sem nem saber sequer para onde vou.

Outras vezes penso que jamais existi,

E muitas vezes acho melhor assim pensar,

Para não lembrar de tantas ingratidões...

Das magoas que tentaram me importunar...

E que não quero nem de longe

[Em minha alma deixar ficar.

Às vezes penso que eu nem existo,

Chego a pensar que ainda estou para chegar.

Neste planeta de tantas falsidades,

Que francamente nem sei se quero aqui ficar.

E lá do alto onde sonho estar voando,

Vejo os homens e todo o egoísmo humano.

Fico pensando se devo aterrissar

Ou se dali mesmo eu devo retornar.

30/1/2012