Descobertas
A descoberta do sangue, do riso, do esperma,
Do erro, do amigo, da culpa, da faca, da lepra;
A descoberta da buceta, das letras, das guerras, das mazelas,
Da areia, da canseira, da vingança, das seqüelas.
Minha cara sempre acaba batendo na parede da mais dura pedra,
Minha casa se transforma, se adapta, se incendeia,
Depois alguns músculos revoltosos se rebelam contra a primavera,
Também preciso de inverno, de inferno, ser caveira.
Quero o osso exposto ao gosto do que a natureza dita,
Quero a in(pureza) do amor cheio de gozo,
Que hoje é a perda de tempo explícita.
Maldita, bem-vinda,
Bendita ainda.
Agora chega de rimas.