Nas Asas da Serenidade

Na vida ergui belos castelos,
Neles moravam a esperança.
A serenidade e a coragem.
Pena! Também abriguei a ilusão!

Por isso perdi as chaves!
O guardião dos portões,
A mim tentava entregá-la,
Mas longe demais ele estava.

Logo, percebi a chegada
Da traição, com as chaves já na mão,
De repente fez tudo ruir e,
Sorridente, contemplava-me.
.
Mundo a fora consegui seguir,
Nada nas mãos, muito no coração.
Os pés sangravam. Chegou a solidão.
Mas a novos portos consegui atingir.
.
Depois de beber tanto vinho amargo,
Varada pela lança da ingratidão
A própria alma em frangalhos,
Novas páginas escrevi, no eterno livro.

Quando as sombras da noite,
Com suas nuvens desciam,
Tomei as asas da serenidade,
Que os sonhos adoça e a saudade espanta.

Revivi!


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Luandro
Enviado por Luandro em 27/12/2011
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