HOMEM
HOMEM
Eram lágrimas
Os passos que dava
E flores
As formas que esculpia!
Corcunda, triste, desamparado,
Esquecido na multidão,
Rasgava com força o guião
Que na batalha
A vida lhe concedera!
No peito, o coração
Amarrado às raspas inetes
Da madeira que lhe dava o pão!
Ninguém o conhecia,
Ignorava ouvia!.
Era simplesmente um Homem,
Triste, curvado, vencido!
Porém, na rua onde caminhava,
Só as pedras o ouviam
Sentiam e amavam,
Porque na noite,
Desbravando segredos no Universo
Ele não era mais do que um Homem!.
( ao velho Rogerio, carpeinteiro e escultor, fazeredor de almas e sentimentos, esquecido na sua terra -a Guarda (Portugal), aqui lembrado por um amigo, eu, neste poema feito em 17/11/1978