HOMEM

HOMEM

Eram lágrimas

Os passos que dava

E flores

As formas que esculpia!

Corcunda, triste, desamparado,

Esquecido na multidão,

Rasgava com força o guião

Que na batalha

A vida lhe concedera!

No peito, o coração

Amarrado às raspas inetes

Da madeira que lhe dava o pão!

Ninguém o conhecia,

Ignorava ouvia!.

Era simplesmente um Homem,

Triste, curvado, vencido!

Porém, na rua onde caminhava,

Só as pedras o ouviam

Sentiam e amavam,

Porque na noite,

Desbravando segredos no Universo

Ele não era mais do que um Homem!.

( ao velho Rogerio, carpeinteiro e escultor, fazeredor de almas e sentimentos, esquecido na sua terra -a Guarda (Portugal), aqui lembrado por um amigo, eu, neste poema feito em 17/11/1978

Jose Domingos
Enviado por Jose Domingos em 16/12/2011
Reeditado em 16/12/2011
Código do texto: T3392535
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