O POEMA É

O poema pode ser qualquer coisa,

Sem depender de quem o escreve,

Mas, sim, de quem o lê:

Pode ser uma jóia preciosa,

Leitura suave e leve,

Odor de rosas em buquê.

O poema é plástico e moldável,

Com ou sem rima,

Um soneto, ou forma alguma;

Ele flutua no ar, se mimetiza,

Escondendo o seu sentido fácil,

Nem se percebendo, se de alegria ou tristeza.

O poema é sempre verdade.

O poema, simplesmente, é!

O poema sempre traz

Para as trevas, claridade;

Fruta colhida no pé,

Alimento que, à alma, satisfaz.

O poema é o ápice da inspiração,

Um átimo que perpassa a vida,

Fazendo ótimo, o que já era bom,

Remediando ânsias, desnudando a ilusão:

Cornucópia, única, repleta de graças infindas;

Dos deuses – a poesia – é o mágico dom.

- por JL Semeador, apenas um veículo do poema, na Lapa, em 14/11/2011 –

jlsantos
Enviado por jlsantos em 15/12/2011
Código do texto: T3389467