O CEGO DE NASCENÇA

Eu era um cego de nascença,

que nunca pode ver.

Eu era só um pobre ser,

que tinha uma crença,

eu sempre me questionava

queria ver o meu rosto.

Eu sentia o mundo no tocar dos dedos,

apenas queria ver as cores do mundo,

pensava muito como seria a face,

de cada pessoa em vida,

sem ao menos compreender

o meu próprio rosto.

Cada pessoa que passava por mim,

deixava no ar suas vibrações constantes,

as suas sensações faziam revelar,

como seria o mundo dos outros.

Eu era guiado ao mundo,

pelo sentir das sensações.

Como eu não enxergava,

na minha mente,

eu então sonhava,

que o mundo,

seria um lugar lindo.

( O Poeta das Almas )

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 10/12/2011
Reeditado em 20/09/2016
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