O CEGO DE NASCENÇA
Eu era um cego de nascença,
que nunca pode ver.
Eu era só um pobre ser,
que tinha uma crença,
eu sempre me questionava
queria ver o meu rosto.
Eu sentia o mundo no tocar dos dedos,
apenas queria ver as cores do mundo,
pensava muito como seria a face,
de cada pessoa em vida,
sem ao menos compreender
o meu próprio rosto.
Cada pessoa que passava por mim,
deixava no ar suas vibrações constantes,
as suas sensações faziam revelar,
como seria o mundo dos outros.
Eu era guiado ao mundo,
pelo sentir das sensações.
Como eu não enxergava,
na minha mente,
eu então sonhava,
que o mundo,
seria um lugar lindo.
( O Poeta das Almas )