A pior dor

Eu vejo olhos cobertos de areia,

Chorando lágrimas de rocha,

Eu vejo vidas vestidas de feias

E paraísos artificiais de bosta.

Sei que você me chama de pessimista,

No entanto, eu acredito em nós dois,

Embora eu conheça o declínio dos sonhos,

Sei do passado, do agora, menos do depois.

A pior dor é sempre a atual.

Eu cantaria aquela velha canção indígena

Para afugentar o sofrimento e a tristeza,

Mas eu confio mais na sua voz,

Eu confio mais em sua beleza

(Eu gostaria de destruir todos esses castelos de fadas televisivos e com os tijolos construir casas populares.)

04/09/1999

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 06/12/2011
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