PERDÃO

Hoje venho pedir perdão à vida.

Um perdão que encerra o meu olhar controverso

às coisas que não posso mudar

e que até aqui, os meus olhos em trevas

insistiam em ignorar.

Tão desprezível foi o meu pensar...

Como pude deixar de ouvir a voz

do meu coração tão sôfrego,

buscando-me sem cessar, em esperança de transmudar

os recônditos do meu jeito às vezes rude de ser.

Só agora, depois de tantos martírios à alma,

De tanto desperdício à preciosidade do tempo,

Tantos martírios e tantos santos,

Tantas glórias e tantas vitórias,

Vislumbro na simplicidade, o amor florescer em cada olhar!

Que o meu ser depurado em doces preces,

Não mais divague à deriva

No mar desumano da intolerância e da incompreensão,

E louvando a vida em seu apogeu maior,

Possa fazer de mim, um filho querido de Deus!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 03/12/2011
Código do texto: T3370313
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