Chovendo e ventando sobre o Dedo de Deus e a Serra dos Órgãos,
Teresópolis, Rio de Janeiro, 28/11/2011
E SE O AMANHÃ NÃO VIER
E se o amanhã não vier
Pouco ou nada me importa
Apenas não quero perder
Esta carícia de vento
Que sopra na minha porta
E alegra meu dia cinzento!
Sei que na vida deixei
Muitas coisas por fazer
Fui amada e muito amei
Recebi, sem talvez merecer…
Só não teria valido a pena
Se a alma fosse pequena
Como disse o grande poeta
Cuja vida foi tão incerta.
E se o amanhã não vier,
Pouco ou nada me importa
Apenas não quero perder
Esta carícia de vento
Que sopra na minha porta
E alegra meu dia cinzento!
Inspiração colhida no lindíssimo poema
«O último acorde» do brilhante poeta Deley.
Ana Flor do Lácio
26/11/2011
É com imenso carinho que recebo esta interação do exímio poeta Oklima. Obrigada, Odir, por este belíssimo entrelaçar de versos.
E SE VOCÊ NÃO VIER?
Odir Milanez
E se você não vier
ao encontro de meu sonho,
o sonho que lhe proponho
enquanto esse sonho houver
nesses versos que componho
pra você, musa-mulher!
Do passado me perdi,
não sonhei sonho qualquer.
Só flores de mal-me-quer
de meus desejos colhi,
desejos que concebi
sem uma crença sequer,
mentalizando o mister
de venerar quem não vi.
E se você não vier?
Se você jamais chegar,
se meu sonho serenar,
se sonhar não mais souber,
se nunca mais eu sonhar?
Sendo do amor esmoler,
quem querenças vai me dar?
JPessoa/PB/30.11.2011/oklima/