SÓ O HOMEM NÃO VÊ!

Só o homem não vê,

Que as matas estão queimando,

Os rios estão secando,

O camponês está morrendo

[Sem ter nem o que comer.

Só o homem não vê,

Que os pássaros desaparecem,

Os animais morrem com sede,

[Sem ter água pra beber.

Só o homem não vê,

Que nosso planeta está se tornando,

Um terrível e imenso deserto,

O bárbaro com a motoserra,

Sorri e até se diverte,

Quando ouve o gemido,

E um clamor mui sofrido,

[De mais uma árvore que cai.

Só o homem não vê,

A imensidão de terra seca,

Que outrora era lavoura,

Milhares ali viviam,

Se alimentando do fruto,

[Que dali todos colhiam.

Só o homem não vê,

Que esses heróis um dia,

Chorando eles partiram,

Deixando suas raízes,

Vindo para a periferia,

E hoje tem que mendigar,

Para dos filhos inocentes,

[A fome poder matar.

Só o homem não vê,

As crianças desnutridas,

Os velhos abandonados,

Pagando pelo grande “crime”,

De serem aposentados,

Porque um dia foram iludidos,

Com suor pagaram caro,

[Para terem algum “direito”.

Só o homem não vê,

Os enfermos humilhados,

Nas filas dos hospitais,

Sofrendo até lhe dizerem,

Que não serão atendidos,

Porque os políticos não disseram,

Que o dinheiro de nossos impostos,

[Foram desviados para outro fim...

Só o homem não vê,

Que “eles” só nos conhecem,

No tempo de eleições,

E depois desaparecem,

Trancam-se em suas mansões,

Para não serem incomodados,

Com o sofrimento e a dor,

[Das imensas multidões.

Só o homem não vê,

Que a violência nos cerca,

A idolatria impera,

O pecado nos persegue,

[Querendo nos corromper.

Só “o homem” não vê,

Que o salário minguado,

Da maioria do povo,

Não consegue nem comprar,

Um pouco de alimento,

Para o estômago de seus filinhos,

[Pelo menos tapear.

Só o homem não quer vê,

Que só existe uma saída,

Se quisermos nos livrar,

De todas as maldições,

[Que só vem nos atrasar.

Só o homem não quer vê,

Que só Cristo é a solução,

De todo esse sofrimento,

[Ele pode nos libertar.

Só o homem não vê,

Que se orarmos com fé,

E se deixarmos o pecado,

Ele nos estende as mãos,

Justifica-nos do mal,

[E nos traz libertação!

14/setembro/99