Veredas de espinhos

Veredas de espinhos

Como a vida tão sofrida

queimando de sol chegada e partida

todo caminho sertanejo é meio assim

meio estrada e meio vereda sem fim

um rasgo na terra que o olho avista

passo apressado e nenhuma conquista

mas que se caminha para sobreviver

se cansa e se lanha nesse padecer

procurando chegar ao dia seguinte

sem ter de erguer a mão de pedinte

e procurar sorrir quando a porta abrir

com a filharada chegando a sorrir

dividindo o pão que é tudo que tem

escondendo a fome e dizendo amém

porque o sertão tem sua própria lição

que é maldizer sofrimento pedindo perdão.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com