Déjà vu.

Estranhas fendas abertas

no couro do pensamento;

o tal lugar, o momento...

vaga lembrança desperta.

Lá, eu sei que não estive;

um crime? uma desordem?

Que se riam, que discordem...

Estúpidos detetives!

A linha tênue era assim;

mas pra onde, que sentido?

Teria eu percebido

desapercebidos fins?

Não vou por este caminho;

o vão da estrada é deserto.

O rumo aqui é incerto...

E eu bem sei que vou sozinho.

Por aquele, também não...

Existem muitas histórias

pra tão ávida memória

da estrada, o deserto é vão.

Ah! Agora lembro-me bem!

O nada, a sombra é o tudo;

o vento gritava, mudo,

e eu não era ninguém.

-x-