Lembranças de um futuro por vir
Lembranças de um futuro por vir,
Esperanças num passado que nunca existiu;
Mas agora, só uma covardia palpável,
Uma sonolência que não consegue atingir o sonho,
E as nuvens já não formam desenhos extravagantes.
A minha assinatura está nas certidões que declaram o incerto,
Mas não está nesta estranha presença que, sonâmbula,
Pensa existir.
Acostumando-me aos tijolos
bem grudados nas paredes negras,
Mas desde sempre lutando
para acreditar ser a lenta tempestade
Que uiva, com violência, canções de ninar.