Cores
Um pouco tarde,
(Mas ainda a ponto de ter
certos tipos de orgasmos)
Alcancei, sem querer,
A importância mística
Das cores .
Conquistei a sutileza caluniada
destinada aos que contentam-se
com o infinito gritante
provocado pela visão
de monstros pincelados.
A distorcida visão cheirosa
Que tanto tem sido não vista,
Porém comentada
Sem pesquisa,
Nem nada,
Sem carícias
Ou porradas,
Portanto
Distantes
E ignoradas.
Cores, cores, cores
Elas são mais importantes
Que todo o resto,
Pois não se repetem,
Não deslizam,
Não fedem;
Incoerentes e
Independentes,
Submetem-se
Aos seus próprios
Lestes;
E assim locomovem-se,
Sem preocupações
Ou mestres.
As cores não dependem de esperas,
Elas são muito mais ofertas,
Elas vivem, independentemente,
De alimentos, doenças
Ou eras;
São inúteis,
Tanto quanto as infindáveis
Seqüências de primaveras,
Mas, exibicionistas,
Continuarão
Mesmo sem olhos com remelas.
18/10/2011