Cores

Um pouco tarde,

(Mas ainda a ponto de ter

certos tipos de orgasmos)

Alcancei, sem querer,

A importância mística

Das cores .

Conquistei a sutileza caluniada

destinada aos que contentam-se

com o infinito gritante

provocado pela visão

de monstros pincelados.

A distorcida visão cheirosa

Que tanto tem sido não vista,

Porém comentada

Sem pesquisa,

Nem nada,

Sem carícias

Ou porradas,

Portanto

Distantes

E ignoradas.

Cores, cores, cores

Elas são mais importantes

Que todo o resto,

Pois não se repetem,

Não deslizam,

Não fedem;

Incoerentes e

Independentes,

Submetem-se

Aos seus próprios

Lestes;

E assim locomovem-se,

Sem preocupações

Ou mestres.

As cores não dependem de esperas,

Elas são muito mais ofertas,

Elas vivem, independentemente,

De alimentos, doenças

Ou eras;

São inúteis,

Tanto quanto as infindáveis

Seqüências de primaveras,

Mas, exibicionistas,

Continuarão

Mesmo sem olhos com remelas.

18/10/2011

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 24/10/2011
Reeditado em 24/10/2011
Código do texto: T3294863