Vinganças
Ah miserável destino
que dia após dia
invariavelmente toda manhã
fica a espreita
debaixo da minha janela
a espera que eu a abra
e por ela deite os restos dos meus sonhos
não realizados.
(E como é voraz o seu apetite
pois que se me descuido
me come até os sonhos
que ainda estão por vir).
Maldita fome esta que te instiga
a me consumir os melhores anos,
o melhor dos sonhos
que ainda tenho tido o trabalho de sonhar.
Um dia deixarei de fazê-lo,
sim, não mais sonharei
e morrerei em mim por não ter sonhado mais,
mas em compensação,
malfadado destino que me persegue
matarei a ti também
e embora morto, estarei vitorioso
e por estar morto sem ter realizado
os meus mais caros sonhos
também será tua a vitória.
Ah miserável destino
que dia após dia
invariavelmente toda manhã
fica a espreita
debaixo da minha janela
a espera que eu a abra
e por ela deite os restos dos meus sonhos
não realizados.
(E como é voraz o seu apetite
pois que se me descuido
me come até os sonhos
que ainda estão por vir).
Maldita fome esta que te instiga
a me consumir os melhores anos,
o melhor dos sonhos
que ainda tenho tido o trabalho de sonhar.
Um dia deixarei de fazê-lo,
sim, não mais sonharei
e morrerei em mim por não ter sonhado mais,
mas em compensação,
malfadado destino que me persegue
matarei a ti também
e embora morto, estarei vitorioso
e por estar morto sem ter realizado
os meus mais caros sonhos
também será tua a vitória.