Os perdedores ainda estão de pé

Minha voz calada só tinha som para ti,

Mas o eco foi agarrado, violentamente,

Pelo destino e transformado em poeira.

A serpente enroscada em meu medo

Vai sufocar minha fobia;

No capim rasteiro do meu raciocínio

Crescem outras coisas,

Além de minha memória distorcida.

Se tudo se perde,

Ao menos a perda se ganha

E com ela um reencontro

Ao mais primitivo recomeço.

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 17/10/2011
Reeditado em 20/10/2011
Código do texto: T3281359