O uivo dos incansáveis
Resgata tua sombra da rua,
Ela anda vagando com más companhias,
E quem me disser que já viu o nascer do sol
Pariu-o ou confundiu-se.
Este poema de testículos masturbados,
Que saltita ofegante buscando o orgasmo,
Não ejacula, nem brocha,
Está ereto e posicionado junto as
Linhas de pernas abertas da folha.
Em foco, a ausência dos teus sentidos
Busca comunicar-se com o vazio,
Desmaterializando o que era sólido,
Oficializando a tua falência,
Mas enquanto os lobos mastigam a luxúria,
Nós, aqui no penhasco, uivamos para eles.
Setembro/2000