O uivo dos incansáveis

Resgata tua sombra da rua,

Ela anda vagando com más companhias,

E quem me disser que já viu o nascer do sol

Pariu-o ou confundiu-se.

Este poema de testículos masturbados,

Que saltita ofegante buscando o orgasmo,

Não ejacula, nem brocha,

Está ereto e posicionado junto as

Linhas de pernas abertas da folha.

Em foco, a ausência dos teus sentidos

Busca comunicar-se com o vazio,

Desmaterializando o que era sólido,

Oficializando a tua falência,

Mas enquanto os lobos mastigam a luxúria,

Nós, aqui no penhasco, uivamos para eles.

Setembro/2000

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 13/10/2011
Código do texto: T3273628