PARA LÁ DO HORIZONTE, GENTE COMO A GENTE

Por detrás, do largo horizonte, só

podemos imaginar, o que

por lá habita, flores de prata e de ouro,

com rios espelhados de azuis:

que são, por pensar, o que enfim imagino.

Porém, entre o mar que se avista,

e aquele, que a meus olhos, apenas se prevê,

só um breve desmaio se afigura,

correndo para outras margens, onde não

sou mais eu, mas outros, quem o

desfrutam – em águas talvez de outros matizes,

dando novas cores, ao desconhecido.

E nesta emoção, de decifrar o que não me

é dado ver, novas realidades se

propõe, com gentes diferentes, que num

outro plano se juntam, como a gente.

Essas outras pessoas, que ficam para lá,

da linha do mar, também elas

imaginam, que nossos jardins, são de puras

filigranas, e que o céu é de um azul

clarinho. E que tal como eu se comovem,

por se sentirem parte de um

todo, mesmo que ante a distância a nós,

se faça por caminhos incertos.

De certo, temos o sol, que brilha reluzente,

em todos os mundos, aqui

sabidos e por todos admirado, em sua

grandeza, como asas de borboleta.

Corre o mar para o sul, até onde eu o alcanço,

e as andorinhas, perdem-se

a horizonte, no inevitável consumar do tempo,

entre o sol e o mar e as outras terras.

Jorge Humberto

01/10/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/10/2011
Código do texto: T3251752
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