" BRASEIRO MORNO "

Entre as árvores do pomar

encontrei sabores,

ninhos, passarinhos,

verões,

aromas.

Evitei o tédio, as agonias

e um coração descompassado.

Aqueci-me num braseiro morno,

refresquei-me num rio quase parado,

nas disputas evitei um olho roxo,

por precaução virei numa estrada torta

para viver uma história morta

sem vertigem

e comoção.

Agora estou

além de quaisquer temores.

por fazer-me trapezista,

equilibrista,

narcisista,

apesar do calafrio

de viver em solidão.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 01/10/2011
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T3251510