Idosos

vai pela vida, o bastão
Pelas mãos da ancianidade
Pés poentos, marcas no chão
Histórias adormecidas num canto
Escondidas no cofre do coração

Olhos lentos e marejados
Mãos enrugadas a tremer
Olhos profundos e viajados
Ainda pedem pra viver

Em seus passos já cansados
Sentem medo de cair

Seguram firmes em seus cajados
Medem a distancia pra seguir


ja deram tudo de si
em prol da sua gente
ajudem-os a seguir
deixando-os mais contentes
levante-os se cairem
eles estão frágeis e carentes

Corpos já envelhecidos
Vestem aquelas alma crianças
Mas ninguém lhes dá ouvidos
E na solidão eles se lançam

Sozinhos em seus mundos
Mergulham desolados
Num silêncio profundo
E nesse submundo
Sentem-se discriminados

Eles guardam seus segredos
Tem histórias tão bonitas
E esquecem-se dos seus medos

Quando se sentem queridos

Kainha Brito



Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 27/09/2011
Reeditado em 27/09/2012
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