Mergulho

Não, não faço pose em meu dilúvio,

Nem mesmo a de braços estendidos

E gritos suplicantes de socorro.

Sinto e sinto sem performances

De braços e cérebro.

Se mergulho e me afogo

É mais pela ânsia de ver

A beleza dos peixes

Do que a de me suicidar.

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 23/09/2011
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