" MAS NÃO VIVO DE LAMENTO "
Estaria bêbado de beleza,
não fosse o coração destroçado,
a palavra que estremece no poema
e a minha intempestiva fragilidade.
Estaria bêbado de beleza,
não fosse a cruz que me falta,
o inexprimível nada
e um insubmisso coração.
Assim refratário como pedra do caminho
reconheço-me presente, mas não vivo
de lamento, só me espanto com tais miragens.