TABAGISTA

Ah, Rosa Maldita antiga namorada...

Eita Rosa Maldita Celeste!

Inesquecível namoradinha

Dos meus doze anos de menino...

Não era feia sequer bela;

Era um tanto grandalhona para eu franzino;

Nosso namorico era uma graça:

Nos encontamos todos os dias, à tardinha

Na escadaria da Igreja da Brasilândia.

- eu era teu coroinha predileto.Lembrarás, se acaso ainda vives?

Eras dum aloirado e galega

E sequer lembro-me de teus olhos:

Seriam cinza, seriam claros? Azuis, talvez...

Sequer lembro-me ter-te beijado!

Mas Celeste Rosa, ó maldita,

Haverei de lembrar-me de você até na hora da morte.

E se for de enfisema que morrerei,

Rogar-te-ei pragas - se ainda viveres -

Pois foi você, pequena Rosa

Que me ensinou a fumar

Leuzo de Siqueira
Enviado por Leuzo de Siqueira em 02/09/2011
Código do texto: T3195986
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