" BACHIANA No. 18 " - Sou eu quem canta o amor.
Sou eu quem canta o amor,
a núvem lá do céu,
a estrela, a despudorada rosa.
Sou eu quem canta a vida,
não canto a morte, nem a fadiga!
Canto o vinho, o pão, o doce fruto,
a esperança que alimenta.
Sou eu quem canta a porta aberta,
o instante eterno, o labirinto desvendado,
e canto os galhos inquietos,
os bois sem asas, as danças
sobre as acácias, as pedras falantes,
o gesto tímido do Papai do Céu,
os olhos, a boca, a alma
da minha doce namorada!