em jardins de lírios tudo se recria
em jasmins o delírio pede pouso.
respira outra essência.
sabe da fragilidade do olhar.
quando se desata do concreto,
algo muda como um todo,
diálogo novo sobre a ríspida mudez:
desenrola linha.
traduz-se entre pétalas e cílios
carnosa sintonia.
um fogo novo transforma em cristais
o pasmo abrigado nas retinas.
em jardins de lírios tudo se recria.